Apr 28, 2010

Buio Omega

O filme começa com uma mulher espetando uma boneca de vodu e outra mulherobservando. Logo se descobre que a mulher que observa é uma governanta (Iris) que encomendou o vodu para a namorada do patrão (Frank), um taxidermista (pra quem não sabe, taxidermia é a "arte" de empalhar animais), que estava internada em um hospital.


Como todo bom filme da década de 70, italiano, é bem visceral. Admito que sou forte pra filmes assim, mas esse me deixou ligeiramente enojada. Fato que algumas cenas são bem forçadas e nota-se um leve desleixo, mas no geral, é um filme, para espectadores menos acostumados, bem asquerozo.

Uma das primeiras cenas chocantes é do taxidermista empalhando sua namorada morta. Em seguida ele é descoberto por uma garota que invadiu seu carro na estrada enquanto ele trocava um pneu furado. Essa garota acaba morta, desmembrada pela governanta, que o ajuda em todos os seus servicinhos (e em outros mais). A partir disso é morte atrás de morte. Uma prostituta, uma vizinha que corria e nos arredores da mansão onde mora o rapaz e até a própria cunhada dele, que descobre a irmã morta e empalhada e tem um destino parecido.

Não conheço a filmografia de Joe D'Amato, mas sei que os filmes italianos quase nunca decepcionam. Buio Omega é muito realista: a cena em que Frank tira os órgãos internos de sua namorada para realizar o empalhamento é brutalmente real pois, reza a lenda, foi feita uma autópsia real em uma aula de anatomia.


Fora as cenas escatológicas, há muita nudez, pois Joe era bem chegado em uma baixariazinha (tendo, no curriculo, filmes como Porno Holocaust e Erotic Nights of the Living Dead), e isso tudo mesclado a cenas românticas de Frank e sua "boneca", como Iris se refere à namorada morta do rapaz.

Um filme bem produzido para a época e com efeitos bem realistas, e bastante criativo quando se trata de escatologia. Realmente não recomendado para estômagos fracos.

Texto por Monique Monteiro

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