Mar 8, 2010

Ontem foi noite de Oscar e eu não dei a mínima atenção. Foi-se o tempo em que eu assistia a cerimônia inteira e gostava. Em 2007 eu escrevia num fotolog sobre cinema, então me forcei a assistir, mas não vi nada demais. Ontem não foi diferente. Fiquei sabendo dos vencedores pelo twitter e por sites de notícias.
Dei uma olhada rápida nos filmes que estavam concorrendo a alguma coisa, e apenas dois ali me interessaram "A Fita Branca" e "Bastardos Inglórios". O tal de "Precious" me pareceu interessante, pretendo ver em breve. Falam tanto do tal "Avatar", mas confesso que não despertou em nada a minha curiosidade.


Sou muito suspeita para falar de Tarantino, ele sempre foi um dos meus diretores preferidos. Eu me lembro de assistir "Pulp Fiction" com uns 7 ou 8 anos e ter amado. Dessa vez não foi diferente. Procuro nunca esperar nada demais de um filme para não me frustrar, mas nesse aqui não tinha como não ficar no mínimo curiosa. Saí do cinema embasbacada. A começar pelo elenco de primeira. Brad Pitt, como sempre, conseguiu se superar. Acho que ele é o melhor ator dessa (não tão) nova geração.
Christoph Waltz mereceu e muito esse prêmio. Não por ser o Oscar, mas qualquer premiação que fosse, ele é um ator fantástico. Um bom ator é aquele que mexe com seus sentimentos e aqui sentimos um desprezo imenso por seu personagem.
Sem contar Daniel Brühl, Mélanie Laurent, Eli Roth (esse me surpreendeu demais) e Diane Kruger em papéis fantásticos!
Tarantino mostrou mais uma vez que ele consegue fazer coisas novas na já saturada Hollywood. Nazismo é um tema batido e mesmo assim ele fugiu de todo e qualquer clichê. Um filme diferente, irônico e ácido em meio a um mar de mesmices.


Meu primeiro contato com Haneke foi através do filme "A Professora de Piano" e logo me apaixonei pelo trabalho dele. Alguns diretores procuram apenas chocar, mas acho que Haneke sempre conseguiu dar um fundamento a seus filmes, por mais controversos que pareçam. Ele incomoda. Em uma cena desse filme ele nos remete a "Gritos e Sussurros" de Bergman (meu diretor preferido), então não havia meios de eu não gostar. Logo depois vi "Funny Games", o remake. Não costumo gostar de remakes, mas esse eu vi com boa vontade, pois ele mesmo regravou. Gostei bastante. Haneke não é para pessoas acostumadas com filmes tradicionais: começo, meio e fim. Em seus filmes as coisas simplesmente são.
"A Fita Branca" é um filme de Haneke, incomoda e muito. Mas está longe de ser uma obra prima ou o melhor filme dele. O problema aqui foi o mesmo de "Anticristo", as pessoas falaram demais. Os fãs ovacionaram, os críticos disseram maravilhas e os Anti-Haneke meteram o pau. Quando as pessoas falam demais acontece isso, supervalorização.
Não digo que não gostei do filme, pelo contrário, eu adorei. É um filme um pouco cansativo, mas a tensão aumenta aos poucos, até que você seja envolvido pela trama.
Se merecia um Oscar? Na categoria em que concorreu eu acho que sim. A fotografia desse filme é impecável.


Acho que nos dias de hoje o Oscar perdeu mais da metade de seu encanto...mas ainda me divirto com as listas de indicados e afins.

[Michelle]

Mar 5, 2010


O AMOR PODE SER TÃO PERIGOSO QUANTO O ÓDIO


Por Henry (The Stranger)


Em época de grandes produções, como “Avatar” de James Cameron, “Percy Jackson e os Olimpianos em O Ladrão de Raios” de Cris Columbus e “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton, lá vou eu falar de um filme antigo... E o escolhido foi “Amores Brutos” do diretor Alejandro González Iñárritu (nomezinho heim...)

Iñárritu iniciou sua carreira em 1984 em uma emissora de rádio no México, estudou cinema e aos 27 anos tornou-se um dos diretores mais jovens da história do seu país. Fundou então a Zeta Filmes, em parceria com a Televisa e começou a produzir notáveis comerciais de televisão.

Anos mais tarde juntou-se com o roteirista Guilhermo Arriaga e produziu 11 curtas que falavam sobre as contradições que oculta a Cidade do México. O resultado deste trabalho foi o primeiro longa de Alejandro “Amores Brutos” compilação de três dos 11 curtas.

O filme deu o que falar, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, selecionado para o Festival de Berlin e vencedor do Festival de Cannes por Melhor Filme na semana da crítica.

Na confusa Cidade do México um carro em alta velocidade provoca um acidente que muda para sempre a vida de Octavio, um adolescente que é apaixonado pela mulher do irmão mais velho, Valeria, uma modelo de sucesso que se envolve com um homem casado e Chivo, ex-guerrilheiro comunista que atua como matador de aluguel. Parece uma história simples, mas na verdade é uma trama muito bem bolada e envolvente. Uma incrível sequência de cenas que já entrou para a história do cinema mundial.

O sucesso do longa levou Iñárritu aos Estados Unidos para dirigir “21 Gramas”, com Benício Del-Toro e Naomi Watts, que foram indicados ao Oscar por suas atuações. O filme trás também o ator Sean Penn e é produzido pela Universal Pictures. Três anos depois surgiu “Babel” com Brad Pitt e Cate Blanchett a frente do elenco, arrebatando o Oscar de Melhor Trilha Sonora, o Globo de Ouro de Melhor Filme e o Festival de Cannes de Melhor Diretor, e fechando assim a Trilogia do Caos. Babel conta ainda com o ator Gael García Bernal.

Em tempos de cinema em 3-D nada melhor que rever grandes clássicos da atualidade em DVD.


EUROPA FILMES apresenta um filme de ALEJANDRO GONZÁLEZ IÑÁRRITU ‘AMORES PERROS’ GAEL GARCÍA BERNAL, GOYA GUERRERO, JORGE SALINAS escrito por GUILHERMO ARRIAGA JORDÁN gênero DRAMA 154 minutos


IMDB


TRAILER